Defeitos cardíacos congênitos são problemas estruturais no coração que estão presentes no nascimento.
A cardiologia pediátrica evoluiu muito nos últimos 30 anos, tanto no aspecto diagnóstico por meio da ecocardiografia, quanto no tratamento de correção das cardiopatias, inicialmente cirúrgico e posteriormente por técnica percutânea na sala de hemodinâmica.
Hoje, a expectativa de vida do cardiopata congênito têm aumentado e cada dia mais adultos vivem com qualidade de vida.
Estamos aprendendo mais a cada dia sobre o manuseio de problemas secundários aos defeitos pós-operatórios residuais, como o refluxo pulmonar, após correção definitiva de tetralogia de Fallot, obstruções após cirurgia de Jatene, arritmias, insuficiência cardíaca, doença adquirida do adulto, endocardite infecciosa ou indicação de transplante cardíaco.
Muitos sobrevivem com cirurgias paliativas que podem ou não precisar de correção definitiva, como os pós-operatórios de cirurgias de Senning, Mustard, Rastelli, Glenn ou Fontan, Norwood, que podem trazer novas complicações implícitas no método cirúrgico adotado.
Muitos pacientes passam pela infância sem o diagnóstico de cardiopatia congênita, o que pode complicar a evolução.
O adulto com cardiopatia congênita deverá ser acompanhado por 2 cardiologistas: o cardiologista pediátrico especializado em cardiopatia congênita no adulto e o cardiologista geral que acompanhará as questões inerentes a idade.
A hipertensão pulmonar é a pressão alta nos vasos sanguíneos dos pulmões (artérias pulmonares).
É uma doença grave que pode causar disfunção no lado direito do coração.
Se o lado direito do seu coração tem que trabalhar continuamente com mais afinco, ele pode se tornar gradualmente mais fraco.
Isso pode levar ao surgimento ou progressão da cianose (coloração arroxeada da pele) e à insuficiência cardíaca
Ela ocorre em cerca de 10% dos portadores de cardiopatias congênitas.
O tratamento inclui medicações especias, que reduzem a pressão pulmonar e melhoram os sintomas, e acompanhamento em centros com experiência no manuseio da doença.
O Ecocardiograma é um exame de ultrassom.
É muito importante porque avalia, de forma não invasiva, a arquitetura do coração, e por meio do mapeamento do fluxo de cores, mostra a circulação do sangue pelas valvas, cavidades cardíacas e grandes vasos.
É o principal instrumento de diagnóstico e acompanhamento das cardiopatias congênitas.
No caso de adultos com cardiopatia congênita, o ecocardiograma também pode ser realizado pelo cardiologista pediátrico especializado em cardiopatias congênitas no adulto.
Avanços no diagnóstico e tratamento permitiram que bebês com cardiopatia congênita sobrevivessem até a idade adulta.
No entanto, às vezes, os sinais e sintomas de doença cardíaca congênita não são vistos até você ser um adulto.
Se, ao realizar um ecocardiograma de rotina, foi diagnosticado uma alteração na estrutura do coração, você deverá realizar uma consulta com um cardiologista pediátrico especializado em adulto com cardiopatia congênita.
A principal função do coração é bombear sangue para os pulmões e todo o corpo. Para ocorrer um batimento cardíaco, o músculo precisa se contrair de maneira uniforme. Toda essa ação é coordenada e precedida pela condução do sistema elétrico do seu coração.
A arritmia cardíaca é uma desordem elétrica no ritmo cardíaco. Os batimentos podem estar descompassados (irregular), acelerados (taquicardia) ou lentificados (bradicardia).
É fundamental lembrar que a frequência cardíaca (FC) varia de acordo com a idade de cada criança, sendo mais elevada quanto menor for sua faixa etária. Além disso, existem situações fisiológicas que podem levar a variações da FC no decorrer do dia. Por exemplo, a FC pode aumentar com esforço físico, febre e dor, bem como sua redução ocorre durante o sono.
Podem ser causadas por uma doença no músculo cardíaco, cardiopatias congênitas, medicações, doenças genéticas e infecções.
As arritmias cardíacas podem ser assintomáticas.
Entretanto, sinais e sintomas que devem ser avaliados são: palpitações (sensação do coração bater mais acelerado ou devagar), dor torácica, desmaios (síncope), tonturas, sudorese e falta de ar.
O eletrocardiograma (ECG) é um exame importante e simples na avaliação das arritmias cardíacas.
Alguns exames complementares podem ser necessários em alguns casos, como Holter 24h, ecocardiograma e o teste ergométrico.