Cardioped Cardiologia Pediátrica e Fetal

Cardiologia Pediátrica

Consulta em cardiologia pediátrica

Qual o objetivo da consulta com o cardiopediatra?

Além de diagnosticar, prevenir e tratar doenças do coração, que podem existir ao nascer (congênitas) ou serem adquiridas após o nascimento, como febre reumática, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, dentre outras, o cardiopediatra é procurado para afastar doenças no coração diante de uma suspeita clínica. 

O cardiopediatra também realiza avaliação para atividade física, parecer pré-operatório de cirurgia não cardíaca e parecer para utilização de medicações que causem alterações cardíacas.

Qual é a indicação para consulta com cardiopediatra?

A consulta cardiológica pediátrica é indicada para a avaliação de neonatos, crianças e adolescentes com cardiopatia congênita ou história de sopro cardíaco, cansaço aos esforços, baixo ganho de peso, infecções de repetição, dor no peito, sensação de batedeira no peito, desmaio, coração dilatado e outros.

A Cardiopatia congênita

A cardiopatia congênita é uma das malformações congênitas mais comuns, afetando quase 1 em cada 100 bebês nascidos.

A cardiopatia congênita é uma doença que deve ser acompanhada ao longo da vida, exigindo atendimento especializado em cada fase (desde a gestação, recém nascido, criança, adolescente e adulto – cada fase exige uma atenção especifica).

É crucial encorajar as crianças a se manterem conectadas com um médico especializado em cardiopatia congênita durante toda a vida, que o acompanhará durante a sua adolescência e toda sua vida adulta.

Avaliação de sopro cardíaco

Sopros cardíacos são muito comuns em crianças saudáveis – o chamado sopro inocente. Nesse caso, o coração tem a estrutura e funcionamento normal, apenas o sangue passa um pouco mais rápido pelas estruturas cardíacas gerando o sopro. Isso muitas vezes é precipitado por ansiedade, febre, anemia, entre outras condições não relacionadas com o coração.

O médico vai ouvir a intensidade do sopro, quanto tempo ele dura no ciclo cardíaco e outras características específicas. Tudo isso será analisado para definir se o sopro é inocente ou patológico, com a história clínica. O ecocardiograma poderá ser necessário para confirmar a suspeita diagnóstica.

Se o seu pediatra tiver alguma dúvida sobre o sopro cardíaco do seu filho, ele poderá encaminhá-lo a um cardiologista pediátrico.

Cardiologistas pediátricos têm treinamento especial para procurar problemas cardíacos que afetam crianças.

Parecer cardiológico para atividade física

Lembramos também que, para as crianças que realizam a prática de atividade física competitiva, a avaliação cardiológica é super importante, mais ainda pós covid 19, quando poderá estar indicado  também o ecocardiograma com strain.

Toda criança deve realizar pelo menos 1 avaliação cardiológica durante a primeira infância.

Atenção: Qualquer sintoma diferente do normal deve ser conversado com o pediatra que avaliará a necessidade da re-avaliação do cardiopediatra.

Parecer cardiológico para cirurgia

O objetivo da avaliação cardiológica pré-operatória em cirurgias eletivas (ou seja, que não sejam urgência ou emergência) é identificar fatores de risco potenciais para a ocorrência desses eventos.

Isso é feito pelo cardiologista através da anamnese, exame físico e avaliação de exames complementares. Dentre os exames, o eletrocardiograma de repouso é o mais disponível e utilizado, mas outros como teste ergométrico, ecocardiograma, Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e Holter podem ser solicitados a depender da avaliação inicial.

Cardio-oncologia

No entanto, alguns quimioterápicos, ou sua associação com a radioterapia, frequentemente utilizados como instrumentos terapêuticos eficazes, podem deixar sequelas cardiovasculares de diversas grandezas, muitas vezes irreversíveis.

A importância do reconhecimento precoce e intervenção em tempo hábil nos diversos estágios das alterações cardiovasculares influencia diretamente na possibilidade de condução mais segura dos protocolos terapêuticos oncológicos, dando chances ao adequado seguimento desses pacientes.

O acompanhamento com o cardiologista deve ser realizado antes do início do tratamento com quimioterápicos cardiotóxicos, durante cada ciclo e  após a conclusão do tratamento.

Dúvidas Frequentes

As crianças praticam atividades físicas e esportivas de maneira muito variável, engajando-se na maioria das vezes em esportes recreativos, mas que atingem níveis de moderada a alta intensidade, sendo tão competitivos como nos níveis atléticos e, mesmo não realizando treinamentos sistemáticos, em determinadas ocasiões, superam até os de níveis atléticos.

Torna-se, portanto, impossível, em termos de intensidade e gastos energéticos, uma diferenciação entre atletas e não atletas.

Mas o que é um atleta competitivo?

Atleta competitivo é aquele que participa de um time organizado ou esporte individual que requer treinamento sistemático e competições regulares visando a um objetivo, seja ele prêmio ou excelência na modalidade.

A avaliação [cardiológica] pré-participação esportiva vem se desenvolvendo e se tornando cada vez mais formal, sendo uma atitude legal em alguns países, como a Itália.

Sim.  Após o COVID-19, sugerimos que para a realização de atividade física de qualquer intensidade, é recomendado além do parecer cardiológico, a realização do ECOCARDIOGRAMA COM STRAIN para avaliar a função do miocárdio.

A doença cardíaca congênita pode ter uma variedade de sintomas, conforme o tipo da cardiopatia.

Os sinais gerais de doença cardíaca congênita podem incluir:

  •  Coloração azulada/arroxeada na pele (cianose), principalmente da boca e ponta dos dedos, não relacionada ao frio.
  • Respiração rápida
  • Batimento cardíaco acelerado
  • Inchaço nas pernas, barriga e ao redor dos olhos
  • Cansaço em bebês durante a alimentação (dificultando o ganho de peso) e em crianças mais velhas e adultos durante o exercício
  • Desmaio durante o exercício

Nos casos mais graves, esses problemas podem iniciar logo após o nascimento.

No entanto, alguns tipos de cardiopatias podem permanecer silenciosas até a adolescência ou início da idade adulta.

O diagnóstico tardio pode causar complicações.

O acompanhamento pediátrico adequado é o primeiro passo para o diagnóstico.

Seu pediatra poderá identificar precocemente alterações e encaminhar para o cardiopediatra, evitando o diagnóstico tardio.

Ecocardiagrama pediátrico

Ecocardiograma pediatrico

Equipe Responsável

Cardiopediatras

Mas o cardiopediatra não cuida apenas de corações especiais, em várias outras situações o parecer cardiológico infantil pode ser solicitado.

O que é um Ecocardiograma

O Ecocardiograma é um tipo de ultrassom. É muito importante porque avalia, de forma não invasiva, a arquitetura do coração da criança e, através do mapeamento do fluxo de cores, mostra a circulação do sangue nas cavidades cardíacas e grandes vasos, confirmando ou excluindo a presença de defeitos estruturais.

Existe mais de um tipo de ecocardiograma?

Dispomos de ecocardiograma transtorácico com: Doppler colorido (mapeamento de fluxo em cores), Doppler pulsátil, Doppler Contínuo, Doppler tecidual, Strain.

Diferencial na CardioPed

Para os pequenos, o exame pode ser realizado no colo da mamãe ou do papai, assistindo um filminho (desenho escolhido pela criança).

Qual o preparo para o Ecocardiograma

Não é necessário nenhum preparo específico antes do exame.

Mas para as crianças é importante explicar que é apenas um ultrassom, no qual as imagens do coração são captadas por um transdutor colocado sobre o tórax e transmitidas para um monitor.

O paciente sentirá apenas um gel (tentamos aquecer para o paciente não sentir tão gelado) e um transdutor gentilmente deslizando no tórax. Ah, sempre importante lembrar que na nossa clínica não tem nenhuma agulha ou qualquer material que possa doer nos pequenos.

Indicações para o Ecocardiograma neonatal

Essas mudanças circulatórias ocorrem após o nascimento levando de horas, dias ou algumas semanas para se completarem, principalmente nos prematuros.

Assim, a persistência do canal arterial (PCA), a manutenção de altas pressões nos vasos pulmonares e a incapacidade do miocárdio imaturo de bombear sangue contra a resistência vascular sistêmica, repentinamente alta, devido à retirada da placenta ao nascimento, podem levar a uma dificuldade de adaptação cardio-respiratória ao nascimento.

Além disso, a presença de anomalias cardíacas estruturais ou de alterações extracardíacas, como sepse ou hérnia diafragmática, é tolerada de forma diferente nessa faixa etária.

A fisiologia transicional da circulação cardiovascular no período neonatal faz com que esses pacientes possam precisar ser avaliados pelo cardiopediatra.

As razões mais comuns para realização do ecocardiograma no período neonatal são para reconhecer ou excluir doenças cardíacas congênitas estruturais em pacientes com: sopro cardíaco, alteração do teste do coraçãozinho, pacientes em choque, hipoxêmicos, em insuficiência respiratória ou com múltiplas malformações.

A avaliação ecocardiográfica de pacientes internados em unidades de terapia intensiva neonatal se justifica, inclusive de forma evolutiva, para um melhor manejo clínico.

Indicações para o Ecocardiograma pediátrico

Crianças com doenças cardíacas representam um grupo variado de pacientes, frequentemente caracterizado por malformação anatômica complexa, que necessitam de seguimento durante toda a vida. Assim, estudos seriados podem ser indicados para monitoramento de função valvar, crescimento de estruturas cardiovasculares, função ventricular e seguimento de intervenções medicamentosas ou cirúrgicas.

Sinais e sintomas como cianose, déficit de crescimento, dor torácica induzida por exercício, síncope, desconforto respiratório, sopros, insuficiência cardíaca, alteração de pulsos e cardiomegalia podem sugerir doença cardíaca estrutural.

Além disso, o ecocardiograma pode ser indicado mesmo sem quadro clínico específico em pacientes com história familiar de doença cardíaca hereditária, síndromes genéticas que podem estar associadas à cardiopatia estrutural, exames complementares alterados (ecocardiografia fetal, radiografia de tórax e eletrocardiograma).

Pacientes com arritmias podem ter cardiopatia estrutural, como transposição corrigida das grandes artérias e anomalia de Ebstein, tumores cardíacos e cardiomiopatias. As arritmias sustentadas e o uso de medicações antiarrítmicas podem levar à alteração na função miocárdica, sendo importante a realização do ecocardiograma no manejo clínico desses pacientes.

Dúvidas Frequentes

  • Sopro cardíaco patológico ou outras anormalidades na ausculta cardíaca
  • Cianose central, insuficiência cardíaca, choque cardiogênico, desconforto respiratório
  • Assimetria de pulsos e/ou gradiente de pressão arterial entre membros superiores e inferiores
  • Cardiomegalia ao exame radiológico de tórax ou encontros anormais sugestivos de doença cardíaca
  • Síndromes associadas à doença cardiovascular
  • Anomalias extracardíacas
  • Anomalia da posição cardíaca ou do situs
  • Ecocardiograma fetal e/ou obstétrico alterado ou duvidoso para malformação cardíaca
  • Cirurgia cardíaca corretiva ou paliativa
  • História de hidropisia fetal
  • Suspeita clínica de canal arterial patente
  • Avaliação do significado hemodinâmico do PCA, seguimento dos efeitos da terapêutica
  • Avaliação evolutiva do neonato submetido à cirurgia para fechamento de canal arterial com instabilidade hemodinâmica
  • Asfixia perinatal com alteração hemodinâmica e/ou alteração de biomarcadores
  • Suspeita de hipertensão pulmonar
  • Avaliação evolutiva da hipertensão pulmonar em tratamento medicamentoso
  • Hipotensão
  • Avaliação da posição das cânulas do suporte de vida extracorpóreo, manutenção e desmame da ECMO
  • Doença sistêmica materna associada à conhecida anomalia neonatal
  • Infecção materna durante a gestação ou parto com potencial sequela cardíaca fetal ou neonatal
  • Diabetes materna sem ecocardiograma fetal ou com ecocardiograma fetal normal
  • Fenilcetonúria maternal
  • Disfunção autoimune materna
  • Exposição materna a teratógenos
  • Dificuldade de crescimento na ausência de anormalidades clínicas definidas
  • História de ritmo cardíaco ectópico fetal não sustentado, na ausência de arritmia após o parto
  • Acrocianose com saturação normal pelo oxímetro de pulso nas extremidades superiores e inferiores
  • Avaliação morfológica e funcional no pós-operatório de cirurgia cardíaca
  • Avaliar derrame pericárdico e impacto hemodinâmico e guiar procedimentos intervencionistasIdentificar posição do cateter venoso central e suas complicações (trombose e infecção)

É um exame coberto por todos convênios/seguros de saúde.

A CardioPED dispõe de um ambiente exclusivo com atendimento a uma ampla rede de convênios.

Arritmia pediátrica

Arritmia

Equipe Responsável

Cardiopediatra

Ajudando o coração a bater no ritmo certo.

O que é arritmia cardíaca

A arritmia cardíaca consiste em uma alteração do ritmo elétrico do coração, nos quais os batimentos podem estar anormais, irregulares, acelerados (taquicardia) ou lentos (bradicardia).

O que causa a arritmia cardíaca

Podem ser causadas por uma doença no músculo cardíaco, cardiopatias congênitas, medicações, doenças genéticas e infecções.

Quais os sintomas da arritmia cardíaca

O principal sintoma são as palpitações (“batedeira no coração”). Entretanto, outros podem ser relatados: falta de ar, tonturas, síncope (desmaio), “sensação de pausa no coração”, dor no peito, sudorese excessiva.

Sobre arritmia cardíaca

As arritmias cardíacas podem ser assintomáticas. Entretanto, sinais e sintomas que devem ser avaliados, são: palpitações (sensação do coração bater mais acelerado ou devagar), dor torácica, desmaios (síncope), tonturas, sudorese e falta de ar.

O eletrocardiograma (ECG) é um exame importante e simples na avaliação das arritmias cardíacas. Alguns exames complementares podem ser necessários em alguns casos, como Holter 24h, ecocardiograma e o teste ergométrico.

O tratamento das arritmias cardíacas necessita de uma avaliação especializada e pode incluir: medicamentos, procedimentos via cateterismo (ablação) e dispositivos implantáveis para controlar ou eliminar batimentos cardíacos anormais.

Um estilo de vida saudável pode ajudar a prevenir alguns danos e doenças que podem desencadear ou piorar determinados tipos de arritmias cardíacas.

Se você sentir que seu coração está batendo muito rápido, devagar ou de maneira irregular, agende uma consulta médica especializada para melhor esclarecimento e investigação.

Na CardioPED, Dra. Jéssica Laureano é cardiopediatra, especialista em arritmias cardíacas e cuida do coração desde a barriga da mamãe até a idade adulta, ajudando a bater no ritmo certo!

Nutrição pediátrica especializada em cardiopatia congênita

Equipe Responsável

Cardiopediatras

Bebês e crianças com cardiopatia congênita têm necessidades de energia até 20-50% maior do que bebês e crianças saudáveis da mesma idade.

Por que cardiopatas precisam de nutrição especial

Bebês e crianças com cardiopatia congênita têm necessidades de energia até 20-50% maior do que bebês e crianças saudáveis da mesma idade.

Alguns fatores contribuem para o aumento das necessidades calóricas

  • Aumento do metabolismo – Bebês com cardiopatia congênita precisam trabalhar mais do que bebês saudáveis para respirar e bombear o sangue por todo o corpo. Portanto, eles queimam mais calorias simplesmente respirando e bombeando o sangue.
  • Redução de energia – Cansaço – Por terem que trabalhar muito para fornecer oxigênio a seus corpos, os bebês com cardiopatia congênita se cansam com facilidade e têm menos força para comer. Um bebê pode parar de comer após um curto período e isso pode ser devido simplesmente ao fato de o bebê estar usando toda a sua energia disponível, não porque ele está cheio.
  • Comprometimento gastrointestinal
  • Alguns bebês têm dificuldade em absorver nutrientes dos alimentos que comem.
  • Isso ocorre porque os vasos sanguíneos em seu trato intestinal não recebem oxigênio suficiente ou, porque estão tomando medicamentos que diminuem a capacidade do intestino de absorver alimentos.
  • Pela mesma razão, bebês com cardiopatia congênita podem ter movimento lento de alimentos através do estômago e intestinos. Isso pode levar ao refluxo, o que pode levar a uma ingestão inadequada ou resistência à alimentação.
  • Para bebês com coração dilatado, o tamanho do estômago pode ser reduzido, o que pode levar a uma sensação precoce de plenitude.